Rebecca Bloom é uma jovem londrina com o péssimo hábito do consumismo compulsivo. Apesar de ser uma jornalista especializada em mercado financeiro, não consegue controlar as finanças pessoais. Endividada até a alma, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. E ainda encontra tempo para se apaixonar. Um romance muito divertido que faz um retrato de muitas mulheres das grandes cidades.
Apesar de o filme sobre a saga consumista de Becky Bloom já ser meio antigo (de 2009), só há pouco consegui assisti-lo. É um filme fofo e engraçadinho, então óbvio que eu acabei gostando. Logo, procurei ler o livro no qual fora baseado.
Pois bem, Os Delírios de Consumo de Becky Bloom foi o primeiro livro de Sophie Kinsella ao qual eu tive acesso. A trama, originalmente lançada em 1999, segue as loucuras de Rebecca, uma jornalista econômica incapaz de controlar o próprio dinheiro e que perde totalmente a noção quando se vê diante de uma loja ou uma promoçãozinha básica (e inútil). Quem nunca, né? Exatamente por gastar mais do que ganha, Becky, como é conhecida, encontra-se em uma situação, no mínimo, complicada: já estourou seus cartões de crédito, possui um débito significativo com o banco e todos os dias recebe cartas e mais cartas com cobranças, faturas atrasadas e convocações de banco. Deve até mesmo para sua melhor amiga Suze, com quem divide um apartamento, em Londres.
Entretanto, para nossa protagonista, suas questões financeiras não possuem muita importância: Becky segue sua vida ignorando tais problemas, nunca abre as tais cartas enviadas pelos bancos, vive criando histórias mirabolantes a fim de evitar encontrar seu gerente, etc. Está sempre achando que a compra de uma simples echarpe não afetará em nada suas finanças (aliás, é só ganhar na loteria e todos os seus problemas serão resolvidos...). Para mim, esse é o ponto negativo do livro: a ingenuidade e infantilidade da personagem diante dos problemas. Sinceramente, algumas atitudes dela me irritaram profundamente.
A escrita é totalmente em primeira pessoa, narrada pela protagonista. Além disso, os capítulos são iniciados com algumas das tais cartas enviadas a Srta. Bloom, onde tomamos conhecimentos de algumas das desculpas que ela arranja para não resolver as dividas.
Este é um raro caso onde o filme consegue ser superior ao livro, apesar de haver mudado bastante a história principal. Claro, a trama apresenta passagens bastante divertidas, seguindo bem o gênero Chick-lit pelo qual a autora ficou conhecida. Surge até um romance gostosinho mais para o final da história. Ainda assim, me deixou com a sensação de que poderia ser bem melhor.
Ainda pretendo ler o segundo volume, Becky Bloom - Delírios de Consumo na 5º Avenida. Então, espero que a trama melhore!! Além disso, apenas para informação, em uma rápida busca no Skoob (quem quiser, me adicione aqui), descobri que a série escrita por Sophie Kinsella já consta com oito volumes.
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