27 julho 2017

RESENHA: Cidade dos Etéreos – Ransom Riggs

"Cidade dos Etéreos" dá sequência ao celebrado "O orfanato da srta. Peregrine para Crianças Peculiares", em que o jovem Jacob Portman, para descobrir a verdade sobre a morte do avô, segue pistas que o levam a um antigo lar para crianças em uma ilha galesa. O orfanato abriga crianças com dons sobrenaturais, protegidas graças à poderosa magia da diretora, a srta. Peregrine. Neste segundo livro, o grupo de peculiares precisa deter um exército de monstros terríveis, e a srta. Peregrine, única pessoa que pode ajudá-los, está presa no corpo de uma ave. Jacob e seus novos amigos partem rumo a Londres, cidade onde os peculiares se concentram. Eles têm a esperança de, lá, encontrar uma cura para a amada srta. Peregrine, mas, na cidade devastada pela guerra, surpresas ameaçadoras estão à espreita em cada esquina. E, além de levar as crianças a um lugar seguro, Jacob terá que tomar uma decisão importante quanto a seu amor por Emma, uma das peculiares. Telecinesia e viagens no tempo, ciganos e atrações de circo, malignos seres invisíveis e um desfile de animais inusitados, além de uma inédita coleção de fotografias de época — tudo isso se combina para fazer de Cidade dos etéreos uma história de fantasia comovente, uma experiência de leitura única e impactante.
Finalizei, recentemente, a leitura do segundo livro da série sobre o universo dos peculiares, Cidade dos Etéreos, e, assim como na leitura do primeiro volume, esperava mais da história. Como já havia mencionado na minha resenha sobre a O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, continuo a considerá-los bons livros, como uma boa proposta, mas nada que venha a justificar tamanho sucesso pelo mundo. 


O livro se inicia exatamente no ponto onde história anterior foi encerrada. Jacob e os peculiares, juntamente com a Srta. Peregrine – em situação delicada –, partem da ilha com o objetivo de chegar a Londres e ajudar a diretora. Entretanto, essa jornada não se mostra nada simples: a Inglaterra encontra-se em plena Segunda Guerra Mundial, sendo constantemente bombardeada pelos alemãs, os acólitos estão em seus rastros e não há segurança em lugar algum, nem mesmo nas, antes impenetráveis, fendas temporais (locais criados por ymbrynes afim de proteger os peculiares, com um único dia sendo repetido infinitamente). 


A narrativa segue rápida, nos apresentando a outros peculiares, novas fendas e, claro, às fotografias antigas. E esse último item continua sendo o ponto alto da obra. Entretanto, ao contrário do volume anterior, onde as fotografias encaixavam-se perfeitamente ao longo da história, agora elas me passaram a sensação de estar presentes no livro com a finalidade de agradar aos fãs, sendo simplesmente “jogadas” em meio a situações escritas apenas para incluí-las. 


A edição, por outro lado, está fantástica. A Editora Intrínseca presenteou o público com um livro lindo, em capa dura, sobrecapa e páginas coloridas. Para quem não sabe, a Intrínseca divulgou, recentemente, que irá publicar o primeiro volume da série neste mesmo formato (originalmente, no Brasil, a obra foi lançada pela Editora Leya). Além disso, após a finalização da trama, a edição trás uma entrevista com o autor, Ransom Riggs, que conta um pouco mais sobre o processo criativo da história – explicando um pouco melhor sobre as tais fotografias desse volume – e o primeiro capítulo do próximo livro da série, Biblioteca de Almas


Mesmo me decepcionando com a narrativa, acredito que o livro irá agradar a todos aqueles que se encantaram com o primeiro livro. E, sobre a adaptação cinematográfica que estreou na última quinta-feira (29), alguém já assistiu? Se sim, postem nos comentários, pois estou curiosa para saber como os peculiares se saíram nas telonas!! 


22 julho 2017

Universo Harry Potter: Lançamentos da Editora Rocco

Já não é nenhum segredo, aqui no blog, o quanto eu amo o personagem criado por J.K. Rowling. E, como grande Potterhead que sou, estou sempre à procura de notícias relacionadas ao bruxinho e seu universo. Assim, são duas as novidades que compartilho com vocês, ambos lançamentos da Editora Rocco. Caso estejam curiosos, é só continuar a leitura!

Harry Potter: nova edição


A editora, responsável pelos direitos da obra britânica, no Brasil, divulgou nesta quinta, dia 20, por meio de suas redes sociais, a publicação de uma nova edição da saga Harry Potter. Com previsão de chegar às livrarias em menos de um mês, em 19 de agosto, os sete volumes da série ganharão capa dura e novas ilustrações, além de contarem com diferentes cores.

Animais Fantásticos e Onde Habitam - Versão Ilustrada




Em 7 de novembro de 2017, a Rocco lançará, simultaneamente com a Bloomsbury (editora inglesa), a edição ilustrada de Animais Fantásticos e Onde Habitam. Através das belas ilustrações de Olivia Lomenech Gill, as criaturas mágicas (catalogadas pelo respeitado magizoologista bruxo, Newt Scamander), como o Hipogrifo, a Acromântula e o unicórnio ganham vida nas páginas da obra clássica da Biblioteca Hogwarts.


Vale destacar que os lucros obtidos com a venda do livro, serão inteiramente repassados, segundo a Rocco, às seguintes instituições de caridade: Lumos (criada pela própria Rowling) e Comic Relief

Animais fantásticos e Onde Habitam é um livro aprovado pela Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts desde sua publicação. A obra-prima de Newt Scamander divertiu famílias bruxas ao longo de gerações e é uma introdução indispensável às criaturas mágicas do mundo bruxo. Os anos de viagem e pesquisa de Scamander deram origem a um tomo de importância sem paralelo.
Eu amei e já estou louca por essa versão de Animais Fantásticos!! 😍

E vocês, também gostaram?


15 julho 2017

RESENHA: Canções de Ninar de Auschwitz – Mario Escobar


Neste livro, Mario Escobar conta a trajetória real de uma família que passou 16 meses encarcerada em um campo de concentração nazista. Helene Hannemann era alemã, mas mesmo assim optou por partir para Auschwitz junto de seu marido e os cinco filhos com ascendência cigana quando os policiais da Gestapo bateram à sua porta. Por ser enfermeira, mas, sobretudo, alemã, Helene foi escolhida pelo médico Josef Mengele, mais tarde conhecido como ‘O Anjo da Morte’, para ser a diretora do jardim de infância do campo. No final da guerra, entre os papéis de Mengele, foi encontrado o diário que Helene manteve durante todo o seu período no campo de extermínio. Tendo como base a infeliz história daquela família, o autor nos emociona e surpreende ao narrar os medos, privações, torturas e até mesmo histórias de superação que milhares de pessoas vivenciaram sob o poder dos nazistas. 
É de conhecimento geral o fato de a Alemanha carregar uma grande mancha em sua história. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo nazista foi responsável direto pelo assassinato em massa de milhões de pessoas em seus campos de extermínio. Apesar de o povo judaico ter sido o principal alvo do regime, muitos ignoram que esses campos (sendo Auschwitz o maior e mais conhecido deles) foram cenários do aprisionamento e morte de outros grupos também considerados “indesejáveis”, como prisioneiros soviéticos, homossexuais, indivíduos com problemas físicos e/ou mentais, divergentes políticos e ciganos. É sobre este último povo que se trata o livro.

Pois bem, como descrito na sinopse, Mario Escobar nos apresenta a história real da enfermeira alemã Helene Hannemann, casada há anos com Johann, um violinista de origem cigana, e mãe de cinco filhos: Blaz, Otis, o casal de gêmeos Emily e Ernest e a pequena Adália. Por pertencer a um dos tais povos indesejados – conhecido como zíngaro pelos alemães –, sua família é levada, em maio de 1943, pela Gestapo (a polícia secreta nazista), à Auschwitz, na Polônia. Apesar de ser considerada uma autêntica ariana e, dessa forma, ter o direito de continuar livre, Helene decide acompanhá-los. 


Depois de uma longa e torturante viagem de trem, a família Hannemann chega ao acampamento cigano, em Birkenau Auschwitz II. Separados de Johann, Helene e os filhos são, inicialmente, conduzidos ao barracão de número quatro, ocupado por prisioneiras russas, onde passam seus primeiros dias em grande sofrimento. Logo, nossa protagonista consegue autorização de mudança para junto de outros ciganos e, assim, tem início sua emocionante luta em manter sua família viva. 

Como enfermeira, Helene imediatamente é designada para trabalhar junto ao hospital do campo, chamando a atenção do médico nazista Josef Mengele. O chamado “Anjo da Morte”, admirado por sua coragem ao decidir seguir a família (e, principalmente, por ser alemã), a nomeia responsável por montar e dirigir a creche que seria criada no acampamento cigano. Neste local, Helene percebe a oportunidade de salvar não apenas seus filhos, mas o maior número possível de crianças. Dirigindo a creche de maio de 1943 a agosto de 1944 e decidida a sobreviver a qualquer custo, Helene enfrentou Mengele e oficiais nazistas para garantir a esperança e a inocência viva dentro daquelas crianças.



Ao longo do relato de Helene, o leitor é apresentado aos horrores presentes em tais campos de extermínio, junto às atrocidades presentes nas experiências realizadas por Mengele. Apesar de recomendar ao público interessado em histórias sobre a Segunda Grande Guerra, considerei romantizada demais a forma encontrada pelo autor para expressar as emoções e pensamentos da protagonista. Talvez Escobar tenha tentado amenizar um pouco o impacto da experiência para o leitor, mas deu a impressão de algumas passagens serem tanto quanto fantasiosa, mas nada que afete o prazer da leitura.



Alguém já conhecia a história de Helene?