"Cidade dos Etéreos" dá sequência ao celebrado "O orfanato da srta. Peregrine para Crianças Peculiares", em que o jovem Jacob Portman, para descobrir a verdade sobre a morte do avô, segue pistas que o levam a um antigo lar para crianças em uma ilha galesa. O orfanato abriga crianças com dons sobrenaturais, protegidas graças à poderosa magia da diretora, a srta. Peregrine. Neste segundo livro, o grupo de peculiares precisa deter um exército de monstros terríveis, e a srta. Peregrine, única pessoa que pode ajudá-los, está presa no corpo de uma ave. Jacob e seus novos amigos partem rumo a Londres, cidade onde os peculiares se concentram. Eles têm a esperança de, lá, encontrar uma cura para a amada srta. Peregrine, mas, na cidade devastada pela guerra, surpresas ameaçadoras estão à espreita em cada esquina. E, além de levar as crianças a um lugar seguro, Jacob terá que tomar uma decisão importante quanto a seu amor por Emma, uma das peculiares. Telecinesia e viagens no tempo, ciganos e atrações de circo, malignos seres invisíveis e um desfile de animais inusitados, além de uma inédita coleção de fotografias de época — tudo isso se combina para fazer de Cidade dos etéreos uma história de fantasia comovente, uma experiência de leitura única e impactante.
Finalizei, recentemente, a leitura do segundo livro da série sobre o universo dos peculiares, Cidade dos Etéreos, e, assim como na leitura do primeiro volume, esperava mais da história. Como já havia mencionado na minha resenha sobre a O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, continuo a considerá-los bons livros, como uma boa proposta, mas nada que venha a justificar tamanho sucesso pelo mundo.
O livro se inicia exatamente no ponto onde história anterior foi encerrada. Jacob e os peculiares, juntamente com a Srta. Peregrine – em situação delicada –, partem da ilha com o objetivo de chegar a Londres e ajudar a diretora. Entretanto, essa jornada não se mostra nada simples: a Inglaterra encontra-se em plena Segunda Guerra Mundial, sendo constantemente bombardeada pelos alemãs, os acólitos estão em seus rastros e não há segurança em lugar algum, nem mesmo nas, antes impenetráveis, fendas temporais (locais criados por ymbrynes afim de proteger os peculiares, com um único dia sendo repetido infinitamente).
A narrativa segue rápida, nos apresentando a outros peculiares, novas fendas e, claro, às fotografias antigas. E esse último item continua sendo o ponto alto da obra. Entretanto, ao contrário do volume anterior, onde as fotografias encaixavam-se perfeitamente ao longo da história, agora elas me passaram a sensação de estar presentes no livro com a finalidade de agradar aos fãs, sendo simplesmente “jogadas” em meio a situações escritas apenas para incluí-las.
A edição, por outro lado, está fantástica. A Editora Intrínseca presenteou o público com um livro lindo, em capa dura, sobrecapa e páginas coloridas. Para quem não sabe, a Intrínseca divulgou, recentemente, que irá publicar o primeiro volume da série neste mesmo formato (originalmente, no Brasil, a obra foi lançada pela Editora Leya). Além disso, após a finalização da trama, a edição trás uma entrevista com o autor, Ransom Riggs, que conta um pouco mais sobre o processo criativo da história – explicando um pouco melhor sobre as tais fotografias desse volume – e o primeiro capítulo do próximo livro da série, Biblioteca de Almas.
Mesmo me decepcionando com a narrativa, acredito que o livro irá agradar a todos aqueles que se encantaram com o primeiro livro. E, sobre a adaptação cinematográfica que estreou na última quinta-feira (29), alguém já assistiu? Se sim, postem nos comentários, pois estou curiosa para saber como os peculiares se saíram nas telonas!!