31 agosto 2016

RESENHA: A Incendiária – Stephen King


Andy McGee e sua esposa Vicky foram usados numa experiência secreta enquanto eram adolescentes. Eles acabaram se casando e tendo uma filhinha, Charlene "Charlie" McGee. A menina acabou herdando os genes modificados dos pais, e nasceu com o dom da pirocinesia, que significa que ela pode atear fogo em tudo que quiser. Charlie, como é pequena, não sabe controlar seus poderes, e acaba sendo avistada pela Oficina, uma sociedade secreta que investiga e explora humanos com poderes especiais. 
            A Incendiária foi escrito por Stephen King.
Este fato, por si só, já o torna recomendável para leitura. Conhecido como o autor de grandes clássicos literários de terror e suspense sobrenatural, como O Iluminado e Carrie, a Estranha – além de O Cemitério, meu preferido dele –, King apresenta mais uma obra desse gênero.
            Assim como o caso de O Buraco da Agulha, este livro pertence às minhas tias e já havia tentado lê-lo algumas vezes – principalmente depois de realizar, em sequência, a leitura de algumas obras do autor –, mas, apesar da sinopse, o início da história nunca me empolgou. Este mês, assisti à primeira temporada de Stranger Things, série incrível da Netflix, que apresenta, entre seus personagens principais, uma menina possuidora de certos poderes (como a telecinesia) – resultado de alguns testes com drogas feitos em sua mãe durante a gestação – e que cresceu vítima de experiências científicas realizados por um departamento secreto do governo americano. Foi justamente este o fato que me fez associá-lo com A Incendiária, despertando, enfim, minha curiosidade para realizar a leitura completa da obra. E não me arrependi.
            Em comparação com Stranger Things, os pais de Charlie, Andy e Vicky, também participaram, quando universitários e em troca de dinheiro, de uma experiência envolvendo drogas. Como resultado do teste, ambos desenvolveram alguns dons peculiares: enquanto Vicky consegue mover pequenos objetos com a mente, Andy pode, à custa de grande esforço, influenciar pessoas em suas decisões e atitudes. Charlie, entretanto, nasceu com um dom muito maior. Ela possui a habilidade de colocar fogo em objetos e pessoas, apenas com a força do pensamento, principalmente em situações envolvendo raiva ou nervosismo. Mas como uma criança pode ser capaz de controlar um poder como esse?
A história já é iniciada com Andy e Charlie fugindo dos agentes da Oficina – departamento secreto responsável pela aplicação do teste em Andy e Vicky que pretende realizar testes científicos em Charlie. Essa narração inicial peca um pouco no cansaço, mas logo a história ganha fôlego, tornando-se difícil largar a leitura. O interessante são as várias partes do livro apresentadas em flashback, onde momentos cruciais são apresentados para o melhor entendimento da obra, como, por exemplo, a experiência realizada com os McGee, os primeiros anos de Charlie e sua relação com a pirocinesia, além de narrar o que realmente aconteceu à Vicky.
Por fim, percebe-se que, mesmo possuindo 410 páginas, a história flui naturalmente, não apresentando grandes enrolações, como costuma ocorrer em outras obras do autor. Apesar de todas as qualificações, comparada aos grandes sucessos conhecido de Stephen King, A Incendiária pode ser considerada uma obra mediana.
O livro foi escrito, originalmente, em 1980. E, desde então, a obra ganhou apenas duas edições em português, ambas no mesmo ano. Uma pena, pois deve ser bem complicado adquiri-la atualmente.
Em pesquisa pela internet, descobri a realização, em 1984, de uma versão cinematográfica da obra. O filme – intitulado, no Brasil, como Chamas da Vingança –, traz Drew Barrymore, ainda criança, no papel de Charlie. 


01 agosto 2016

"Harry Potter and the Cursed Child" - Estreia da peça e lançamento do livro


            Eu sei que é o terceiro post seguido referente ao mundo de “Harry Potter”, mas a razão é simples: o ano de 2016 está sendo ótimo para os fãs do bruxo, principalmente aos que cresceram junto com o personagem, como é o meu caso.
            Além da estreia, em novembro, de “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (já comentei sobre isso aqui), este ano temos a peça de “Harry Potter and the Cursed Child” e o lançamento da edição impressa de seu roteiro.

        A peça  


"A oitava história. Dezenove anos depois.
Baseada numa história original inédita escrita por J. K. Rowling, Jack Thorne e John Tiffany, Harry Potter and the Cursed Child, uma peça de Jack Thorne, é a primeira história oficial de Harry Potter a chegar aos palcos. 
Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar.
Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados."

A estreia da peça ocorreu no sábado, 30 de julho, em Londres.
Criada por Jack Thorne e John Tiffany, além da própria J.K. Rowling, a história se inicia no ponto onde o último livro da saga (“as Relíquias da Morte”) terminou, apresentando um Harry adulto, funcionário do Ministério da Magia, casado com Gina Weasley e pai de três filhos: Tiago Sirius, Alvo Severo e Lílian Luna. Conforme sinopse da peça, enquanto Harry “lida com um passado que se recusa a ficar no lugar ao qual pertence", seu filho, Alvo, enfrentando seu primeiro ano em Hogwarts, precisa aprender a conviver com o peso do legado de sua família.  
Com ingressos esgotados até o mês de maio, a peça é dividida em duas partes, com duração de duas horas e meia cada.


Conforme informações do site Adoro Cinema, existe a possibilidade de “Harry Potter and the Cursed Child” chegar às telas de cinema, pois surgiram, no início de julho, rumores a respeito da Warner Bros. ter dado entrada no pedido de registro da marca. Entretanto, ainda segundo o site, Rowling, em fevereiro deste ano, já havia  manifestado, em sua conta no Twitter, que não teríamos um filme baseado na peça. 

O livro



            Apesar de ser divulgado, por muitos, como “a oitava história de Harry Potter”, a obra trata-se, exclusivamente, da versão impressa do roteiro da peça. Em comemoração ao aniversário de Harry e da própria J.K. Rowling, as edições britânica e americana do livro foram lançadas, mundialmente, à meia-noite de 31 de julho. E, segundo algumas críticas, o livro cumpre bem o papel de contar mais um capítulo da saga.
Quarta-feira passada (27), a Editora Rocco anunciou, através de seu site oficial, a data de publicação da obra traduzida para o português. Intitulado “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada”, o livro será lançado, nas livrarias brasileiras, no dia 31 de outubro. Porém, sua pré-venda já estará disponível a partir de 16 de agosto. Segundo a editora, os pontos de venda serão anunciados em suas redes sociais, em breve. 
Ainda, conforme a Rocco, o livro trata-se de uma “Edição Especial de Ensaio de Harry Potter and the Cursed Child que 

“conterá a versão do roteiro do período de produção da peça, semanas antes da estreia do espetáculo. O roteiro está sujeito a alterações depois da publicação da Edição Especial de Ensaio, motivo pelo qual esta edição estará disponível por tempo limitado, a ser substituída pela Edição Definitiva, posteriormente. Mais detalhes sobre a Edição Definitiva serão anunciados oportunamente”. 
            Apesar de todo o sucesso que a saga continua apresentando com o passar dos anos, J.K. Rowling confirmou, infelizmente, em entrevista à Reuters que este o roteiro da peça será seu último lançamento sobre “Harry Potter”: “Não. Não. Ele passa por uma grande viagem durante estas duas peças e, sim, acho que terminamos. Esta é a próxima geração, você sabe. Então, estou muito feliz de vê-lo realizado, mas não, Harry acabou.” 

            Agora é torcer para que outubro venha logo!!